terça-feira, 21 de junho de 2022

Prisão

Ergui diante de mim um muro,
cheio de rosas e grandes espinhos,
Vesti minha melhor e mais bonita armadura,
Deixei que meu dragão sobrevoasse
minha maravilhosa e deslumbrante masmorra,
Assustando assim os aventureiros 
de corações impuros.

Me dediquei aos inúmeros livros,
que continham os segredos do mundo,
Plantas,
Ervas
e venenos
Fracionados em pequenos potes de conhecimento.

Também saboreei palavras de homens sábios,
que me ensinaram sobre o amor,
Bukowski, me ensinou a visão do homem sobre uma mulher,
Shakespeare, sobre quão inocente e problemático pode ser o amor,
e A. Chhristie, que o amor mora nos detalhes.

Eu era uma donzela solitária,
cuja mente era consumida por sombras do passado
e um coração partido.

Vivia em infinitas guerras contra minha própria luxúria,
Enraizado em meus pensamentos,
estava alguém que havia se tornado 
meus objeto de desejo mais obscuro e tentador,
Alguém que vivia em meu sonhos.

Enquanto caminho de um lado para outro, 
Desejando tê-lo como meu objeto e escravo,
Analiso o quanto de dano posso sofrer
por deixar alguém entrar em meu mundo,
Saber dos meus segredos,
Partilhar do meu conhecimento,
Só pra então, depois de desfrutar do prazer máximo
me deixar acorrentada na minha própria masmorra.

Então, chego a conclusão de que 
posso esperar,
Esperar por aquele que vai escalar os muros,
Acariciar e ganhar a confiança do meu dragão,
e me mostrar que o amor não está apenas nos livros.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário

o moinho das analises.

 Existem momentos na nossa vida, que paramos pra analisar ao nosso redor, as pessoas, as energias, a forma como somos tratados o que vale a ...