quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Incoerência

 

Não sei como estou me sentindo,

Está tudo como um mar revolto,

Há uma calmaria instalada,

Só esperando pelo caos,

Que reina sempre nos melhores momentos,

 

Há uma indiferença colocada no lugar da dor,

Um sentimento de alivio com stress,

Esperando acontecer,

Meu corpo dando sinais de alerta,


Uma sensação de

“Você sabia que isso aconteceria”

Misturado com

“Pensei que pudesse ser diferente",


Sensações que não sei explicar,

Uma segurança cheia de medo,

Uma quietude de tempestades trovejantes, 

Envolvidas no desejo,

E no prazer, 

O sentido me conduz ao fundo do oceano,

Apenas pra voltar a superfície,

E me deparar com seus olhos,

Cor de tempestade formada


Sempre há  um anseio,

Envolvido em pequenas gotas de desespero,

Segredos não contados,

Desejos não revelados,

Sentimentos pré existentes,

Concebido por uma fada,

Alinhado a sua carne,

Ao órgão vital que mantem,

O seu equilíbrio emocional,

E sentimental,


Mas sempre há uma ponta no iceberg,

Que nos levam a crer na pequenez dele,

Mas quando colidimos com a verdade,

Nos deparamos com 1,83 m de massa sólida,

E já estamos sem freio,

Colidindo bruscamente com a insensatez,

Da nossa inocência,

Ansiando secretamente, 

Que seu coração pare,

Antes que ele se quebre novamente,


Há tanto que quero esconder, 

E ao mesmo tempo gritar,

Aquele grito abafado, suado,

Cheio de sentimento não compartilhado,


Há tanto o que queria compartilhar que tenho medo,

De você partir

Sem nem dizer adeus,


Há sempre o desejo,

que secretamente desencorajamos,

Inibimos a vontade de falar,

De sentir,

De dizer "eu te amo",

Pela simplicidade em abandonar,

O barco,


Secretamente amamos cada momento,

Secretamente deixamos ir,

Deixamos de fazer planos,

Secretamente,

Amamos.


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