Dizem que a parte criativa de um escritor é quando ele atinge sua raiva e transfere isso com sentimentos para o papel.
Imagine então que você tem ódio de você mesma, o quanto seria difícil colocar isso em palavras, cheias de sentimento e vazio,
A vida faz parte de um percurso, a cada passo se torna mais fácil ignorar pessoas que não querem te ver bem, que fazem de tudo pra que sua evolução constante se torne gradativa e lenta,
Sequencialmente cadente,
Como se cada momento, aprendizado, avanço, regredisse com o desejo de se enforcar nas palavras,
Desejos de prosseguir, assombrados pelo passado evidente e diário,
Deixados de lado por pequenos e curtos momentos de felicidade,
Quanta crueldade está presente em cada detalhe, minusculo e imperceptível,
Cada pedaço de destino selado por indivíduos desconhecidos que cruzaram o seu caminho,
Cada sentimento abatido por guerras internas e duradouras,
Donas de uma existência,
Detalhes, meros detalhes nessa vida pagã,
Incerta,
Insegura,
Fria e dura,
Mas a beleza está em depois de te mutilarem, você pegar um copo de vinho e se sentar para ver o nascer do sol,
E renascer com ele, se dividir em partes desiguais e se remodelar ao som dos pássaros,
Lembrar que as sombras do passado devem ficar onde estão,
Na bagunça do passado.
Sinto-me tranqüila pois um novo raiar já chegou e hora de se levantar e erguer novamente a cabeça,
Haja o que houve,
Custe o que custar.
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